segunda-feira, 18 de agosto de 2014



Poemapensante

Bem que eu podia, por um momento, ser uma Pirarrã...

      A estiva não para um segundo... Nestes 60 anos já construiu tantos fantasmas que agora jazem “num sei onde, por aí”. Questiono-me onde jaz meu primeiro pensamento como gente, aquele mais original acerca do desconhecido. Sim, aquele que pensei como reflexão e espanto, como gente que se reconhece assim pensante e vivente. Quem o colocou em mim?
      Onde estão minhas eurekas...Porque estas informações não ficaram impressas na minha memória ran. Olho por detrás desta cortina e o que se descortina é mais e mais labuta para entender esta estiva. E ela não para!!. Não tem feriado, nem dia de aniversário.
   Caio sempre na tentação de cismar os dejavus e os insights como se fossem OVNIS. E dizem, não, não represe emoções, não se esconda em falsas aparências nas máscaras existenciais (abra bem os lhos e se encontre lá atrás na sua passada que virou corrida, é lá que deve se alcançar e entender). Menina feia, tansa!!!. Viu fantasmas? Eles estão mesmo sob a sua cama, em camadas, e te assombrarão de noite. Escutou vozes? Elas recheiam sua cabeça, um banquete em comensal.
    É, a estiva não para e já construiu muitas mulheres, nesta, que se rebela e se reconstrói a cada dia. Menina feia, não faça má criação, seja sempre boazinha, e cumpra a oração, coma tudo que lhe colocam no prato, cuide dos irmãos, seja trabalhadeira e peça sempre a benção.
    A estiva não para... Eu quero férias, quero ser artista e sair na revista. Quero ter corpo de miss, ser linda e deixar ascender um lado meretriz. Quero pisar na bola de vez em quando, quero falar palavrões, quero.. (olha o pecado e a censura!)
     A estiva é forno cadente, esta bem aqui dentro, nos códigos de meu eu.
E eu...a estiva não para...não para...não para!!!!!!!

Verônica dos Santos Silva


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